O mercado pecuário brasileiro iniciou o mês de junho com sinais de valorização, especialmente em importantes praças do Mato Grosso do Sul. De acordo com dados da Scot Consultoria, divulgados nesta quinta-feira (05/06), referentes à cotação de 04/06, cidades como Campo Grande e Três Lagoas registraram aumento nos preços da arroba do boi gordo e da vaca gorda. Apesar da alta, analistas ainda recomendam cautela antes de afirmar que o setor entrou definitivamente em uma fase de recuperação.
Em Campo Grande, a arroba do boi gordo foi cotada a R$303,50 à vista e R$307,00 a prazo, apresentando uma valorização de R$2,50. A vaca gorda também seguiu a tendência de alta, sendo negociada a R$277,00 à vista e R$280,00 com prazo, com elevação de R$3,00.
Na praça de Três Lagoas, a arroba do boi gordo subiu para R$302,50 à vista e R$306,00 a prazo, acréscimo de R$1,00. A vaca gorda, por sua vez, teve um avanço mais expressivo, chegando a R$274,00 à vista e R$277,00 a prazo, também com alta de R$3,00.
Já em Dourados, os preços se mantiveram estáveis em relação à última cotação. O boi gordo segue sendo negociado a R$301,50 à vista e R$305,00 com prazo, enquanto a vaca gorda permanece em R$277,00 à vista e R$280,00 a prazo.
Boi China também apresenta valorização em importantes estados
As cotações do chamado “Boi China” – animal que atende exigências sanitárias específicas para exportação ao mercado chinês – também acompanharam o movimento de valorização em diversas regiões. Destaque para o Mato Grosso, onde a arroba atingiu R$320,00, com alta de R$10,00, e Mato Grosso do Sul, com a arroba valorizada em R$3,00, chegando a R$310,00.
Em São Paulo, o Boi China foi cotado a R$313,00 (+R$3,00), enquanto em Goiás, o preço subiu para R$297,00 (+R$2,00). Os estados de Minas Gerais e Paraná mantiveram seus valores inalterados, com cotações de R$295,00 e R$305,00, respectivamente.
Mercado ainda sinaliza transição, mas cenário não é definitivo
Apesar dos aumentos observados nas principais praças pecuárias e no Boi China, o cenário ainda não permite afirmar com segurança que o mercado inverteu a tendência de baixa. O aumento no abate de bovinos, especialmente de fêmeas, continua indicando pressão sobre a oferta e pode ser sinal de que a fase de liquidação de rebanho ainda não se encerrou.
Por outro lado, o crescimento das cotações da arroba do boi gordo e da cria, somado ao bom desempenho das exportações, são indicadores positivos e reforçam a expectativa de uma possível virada no segundo semestre.
O mercado segue atento aos próximos movimentos dos frigoríficos, das exportações e do consumo interno. A recomendação dos analistas é de cautela e acompanhamento constante das tendências, sem precipitações.