Em entrevista exclusiva à Caçula FM, senadora cobra valorização do agronegócio, critica Plano Safra e fala sobre bastidores da política de 2026.
Durante o evento técnico da 47ª Expotrês, na noite desta sexta-feira, 13, em Três Lagoas, a senadora Tereza Cristina (PP) conversou com exclusividade com a Caçula FM 96.9, onde abordou os desafios enfrentados pelo agronegócio nacional, o papel da cidade na cadeia produtiva e ainda lançou olhares sobre o cenário político que se desenha para 2026.
Em sua fala inicial, a senadora destacou o simbolismo do evento no contexto dos 110 anos de Três Lagoas e reforçou a relevância econômica do município. “É sempre um prazer vir a Três Lagoas, ainda mais durante essa exposição que mostra a força da pecuária, da celulose e agora também da citricultura. É uma cidade que representa com grandeza toda a Costa Leste do Estado”, afirmou.
Ao comentar os desafios do Plano Safra 2025/2026, Tereza Cristina foi enfática ao criticar a postura do governo federal em relação ao setor produtivo. “Esse governo não enxerga o agro com a importância que ele tem. Há muita narrativa, mas na prática sentimos retaliações. E agora, com o cenário econômico delicado, a tendência é termos um plano safra menor, aquém do necessário para o crescimento do setor que mais sustenta a economia brasileira”, disparou.
A senadora, que é uma das vozes mais influentes da Frente Parlamentar da Agropecuária, disse que já vem atuando desde o início do ano em articulações com o Congresso e o Ministério da Agricultura. “Estamos conversando, pressionando, mas o produtor precisa de segurança para planejar e investir. Ele não para: precisa de maquinário, de fertilizante, de crédito. E a agricultura brasileira é a mais sustentável do mundo”, pontuou.
A entrevista também esbarrou em temas políticos. Questionada sobre as movimentações partidárias de olho em 2026, Tereza Cristina comentou o apoio ao atual governador Eduardo Riedel e a possível candidatura ao Senado do ex-governador Reinaldo Azambuja. “As peças ainda estão sendo movimentadas no tabuleiro. É cedo, mas no Mato Grosso do Sul a política já está nas ruas. Vamos ver como esse cenário vai se desenhar. Estamos conversando com todos”, concluiu.